Nos humanos bonitinhos estamos fazendo uma coisa que as Adeniuns nunca sonharam conseguir realizar... dispersão! Sim, muitas Adeniuns são típicas de regiões muito restritas - a isso damos o nome de endemismo. Portanto, são endêmicas.
Nunca sairiam do local aonde existem naturalmente devido ao que chamamos de barreiras ecológicas, regiões que restringem sua dispersão, sua capacidade de se espalhar.
Essas barreiras podem ser montanhas, rios, climas variados, predadores, até mesmo o mar. Qualquer coisa que a impeça de sobreviver em um local vai restringí-la a outro!
Mas viemos nós humanos, nos encantamos por sua beleza e resolvemos levá-las de navio para a Ásia, depois para a América. Isso não ocorreria naturalmente. Contudo, isso não é necessáriamente ruim (pelo menos para as Adeniuns). Desconsiderando os desequilíbrios ecológicos que a introdução de uma planta "estrangeira" pode trazer para um ecossistema, o que fazer? Devemos então aproveitar que ela existe por aqui e sermos felizes com as nossas mudinhas.
Na natureza, existem algumas espécies de Adenium além da obesum. Entrarei nos detalhes de cada uma delas nos proximos posts, num futuro breve.
Voltando ao assunto, o que pretendo, por fim, tratar nessa postagem, é sobre a grande variedade de cores que os colecionadores tem conseguido realizar por hibridação. Originalmente, haviam apenas Adeniuns brancas, rosadas em diversas nuances e com algumas variações nos padrões. Com as hibridações, agora há vermelhos berrantes, negros misteriosos e rosados delicados, mesclados, e listras, manchas, borrões, pintas e degradés. Flores com multipétalas, cada vez mais parecidas com rosas de verdade.
As folhas também. Agora há variedades claras, escuras, recortadas, albinas, com manchas, em plantas perfeitamente saudáveis. Ainda, troncos escuros, azulados, prateados, curtos, longos, grossos, flexíveis, rígidos.
Pois é, bem-vindos ao incrível mundo da hibridação.
(Mais detalhes em posts futuros, preciso amadurecer isso.)
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